sábado, 12 de maio de 2018

"INFUTEBULAR"


Num momento em que há fins de semana consecutivos os canais televisivos de informação gastam horas seguidas a louvar a "conquista" de uma competição nacional que quase não tem um atleta nacional em competição, não deixa de ser curiosa o comparativamente muito menor destaque prestado à conquista de um atleta português, numa competição do mais alto nível da modalidade disputado em Portugal... a grande vitória do nosso "Conquistador", João Sousa, vencedor do Estoril Open de 2018, a semana passada.

Excepções como esta são de louvar, e aqui partilho:

https://www.tsf.pt/desporto/interior/parlamento-destaca-garra-vimaranense-e-felicita-joao-sousa-pelo-estoril-open-9330489.html

Obrigado, João, por uma alegria que um apreciador português de desporto dificilmente algum dia esquecerá.

(E já vão 3...) :)

(Imagem retirada deste site)

2 comentários:

  1. Não apenas no ténis como noutras modalidades, infelizmente. Não deixa de ser interessante este fenómeno. Enaltecimento do futebol comparativamente a outros desportos. Fenómenos como "social identity" podem explicar a adesão das massas ao futebol. Mas então porque é que o mesmo fenómeno não se repete noutros desportos em momentos como este em que um jogador não representa um clube, mas sim o nosso país? Leva-nos a pensar na questão dos media e de que forma podem ser influentes e filtram o que vemos. Será que se houvesse maior cobertura e notícias em torno do ténis em Portugal, este desporto teria igualmente o grandioso número de adeptos que o considerado desporto rei? Dá que pensar...

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    1. Olá. :) Dá sim, de de facto, excelente análise, diria até provocativa... Os média são de facto uma profecia que se realiza por existir. Como toda a gente gosta de futebol, fala-se só de futebol... e quem vê desporto, só consegue ver futebol.

      Enfim. E também é um instrumento de controlo, focar a atenção das massas em eventos sem qualquer impacto no dia a dia, por oposição ao que realmente importa...

      Nesta fase que agora vivemos, talvez isso mude... por imposição das circunstâncias.

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